Reputação?

Reputação é a opinião pública em relação a uma pessoa, um grupo de pessoas ou uma organização. Constitui-se num importante instrumento em muitos campos, tais como negócios, comunidades online ou status social. Enfim é busca pela valorização do seu “eu”, o bom nome, a consideração recebida da parte de outrem, etc.

Engraçado como reputação é algo frágil, muitas vezes passamos anos procurando levar a vida de forma ilibada, e, no entanto, um deslize pode por tudo a perder. Acho isso muito triste! Mais triste ainda quando os motivos que mancham a tal reputação são alheios a sua vontade e atitudes.
Amigos próximos e familiares me intitulam como uma idiota por, na maioria das vezes, valorizar demais pessoas que não conheço bem, mas a favor dessa minha ação tenho a dizer que: não conhecemos ninguém totalmente, ninguém é infalível, nem muito menos incapaz de errar depois de conhecermos por toda uma vida.
Valorizo a empatia, tenho mesmo o hábito de me doar sem reservas, e, apesar disso me fazer sofrer algumas vezes, também me traz muitas alegrias.
Sim! Alegria de saber que apesar de viver em um mundo onde as pessoas não se respeitam, não se valorizam, mentem, traem sem o menor pudor eu ainda consigo manter essa essência infantil e quase sempre inocente.
Meu desgaste a cada decepção é notório, choro a cada despedida, e mais ainda quando não é possível me despedir. Penso não existir pior castigo que o de cercear minha liberdade de expressão. Adoro falar aquilo que penso a quem acho que precisa ouvir.
Acredito no poder das palavras, foi assim que consegui solucionar a maioria dos conflitos que surgiram em minha vida, tenho muito medo do silêncio por não saber lidar com ele. Talvez minha mãe tenha falhado neste aspecto, talzez tenha exagerado na liberdade que me dava para falar tudo que eu achasse necessário e sentisse vontade. Talvez, talvez e talvez...
Acho que cometi o mesmo erro com meus filhos, mas não me arrependo, pois quero me orgulhar deles por se tornarem adultos formadores de opinião, e nunca, jamais “meras vacas de presépio”.
Sou um ser social e apesar de me vestir com essa carapaça de forte, destemida e inabalável tenho necessidades, desejos, sonhos e sofro com as frustrações impostas pela vida assim como qualquer outra pessoa, não consigo me conformar com a idéia de que pessoas atropelam outras para alcançar um objetivo, principalmente quando esse objetivo se trata de vingança.
Enfim, não vou permitir que me tirem uma das coisas que mais me faz feliz nesta vida.
Continuarei tendo um caso de amor com todos aqueles que ousarem cruzar o meu caminho pelo simples fato de adorar gente independente de suas origens, raças e credos.

Valéria Moura.